Interno na
Escola de Aprendizes-Marinheiros
1904-1909
Informação sobre M Pastinha na Marinha
«Cheguei lá [na Marinha em 1902 - velhosmestres.com], perguntei ao sentinela: ô meu amigo, eu queria falar aqui com um camarada aí. Com quem eu me entendo aqui? Ele disse: qué que o senhor quer? Quer sentar praça? Eu disse é. Aí ele chamou o cabo da guarda, o cabo veio. Chegou, disse, é esse rapaz quer sentar praça. O cabo da guarda mandou eu entrar, aí me levou na presença do oficial do dia, né? Ele me levou à presença do comandante coisa tal, chegando lá o comandante disse que eu não servia, né? Porque eu era pequeno demais. Ele disse: você precisa comer mais uns 4 sacos de farinha pra você entrar aqui. A carabina é maior do que voce!
Eu aí fiquei assim, triste né? Aí eu disse a ele: eu não tenho onde ficar. Ele disse: aonde que o senhor vivia? Eu digo, eu tava empregado, ele ficou assim, ficou, disse: deixa ele dormir aí. Ele vai se criando aí. O nome do oficial era tenente Olivo. Aí fiquei lá. Me botaram pra ser cabo dos fáxineiros. Depois veio inspeção de sáude coisa tal. Consegui entrar na escola. Veio uma ordem [ao que parece em 1904]: Vicente Ferreira Pastinha, número 110, eu disse opa! Fui receber fardamento. Eu e mais 16 meninos.»
M Pastinha em 1975 (Jornal Ex-13)
Livro de Socorros da Escola de Aprendizes de Marinheiros da Bahia que atesta sua passagem pela instituição, entre 1904 e 1909, fica confirmando que o interno de número 110, filho de Eugênia Maria de Carvalho, tinha por nome Vicente Joaquim [!] Ferreira*.
Livros de Socorros de Escola de Aprendizes Marinheiros da Bahia. Filme 2993 - fotograma 027.
* O nome Joaquim é só encontrado aqui e em nenhum outro documento.
[Capoeiristas] Noventa e Cinco e Cento e Cinco (companheiros de Mestre Pastinha na escola de aprendizes Marinheiros).
Pastinha, 1964