• 128
    Antônio Laurindo das Neves
     Mestre Totonho de Maré 
    17/set/1894 - 18/out/1974









    📻 Velhos Mestres

    Canta M Totonho de Maré. Dança de Guerra, 1968
    < >
    • 12.
      Quem quizé ver capoeira. Ê la-í-lá-í-lá (d.p.)
      3:41
    • 13.
      Entrevista de Totonho de M Maré por Jair Moura
      2:50
    • 14.
      Meu nome (d.p.)
      3:32

    M Totonho de Maré, 1968



    ABC de M Maré

    1894 - Nasceu no 17 de setembro na Ilha de Maré, filho de Manoel Gasparino Neves e de Margarida Neves.

    1918 - Começou aprender capoeira.

    1936 - Apareceu nas palavras de Samuel de Souza, o «Querido de Deus», e M Bimba (veja abaixo).

    1937 - Foi mencionado por Edison Carneiro em Negros Bantus como capoeirista e estivador.

    1941 - Fez parte do começo do CECA em Gengibirra.

    1968 - Participou no filme Dança de Guerra, de Jair Moura. O filme contém inclusive um pedaço de vadiação entre M Noronha e M Maré.

    1974 - No 13 de fevereiro deu uma entrevista a Diário de Notícias e no 8 de março foi destacado em Diário de Notícias, Porto Alegre (veja abaixo). Faleceu no 18 de outubro.

    Sobre M Maré

    Samuel de Souza: «Não resta dúvida de que o Bimba é forte e ágil, porém é exagero chamá-lo de campeão baiano de capoeiragem, pois merecidamente cabe ao Maré esse título.»

    Jornal Imparcial, 13 de março de 1936

    M Bimba: «Não me abracei ao título de campeão, como se este fosse propriedade minha, entretanto, penso que mais merecidamente ficará elle comigo que com o meu companheiro de esporte, Maré, uma vez que pelos jornaes desafiei a todos os capoeiristas deste Estado e somente subiu o «ring» o valoroso adversário Henrique Bahia, que consegui derrotar ante numerosa assistência.

    Maré, como merecedor do título máximo, deveria apparecer naquella epocha e não agora em noticiário posterior.»

    Diário da Bahia, 13 de maio de 1936

    A galeria de fotos

    • M Maré

    • Jair Moura e M Maré, 1968

    • Ao fundo:
      M Gajé,
      M DiMola,
      M Noronha,
      M Antônio Maré,
      Nazaré,
      Indio do Mercado Modelo,
      M João Grande
      Jogando: M João Pequeno e Jair Moura
      1968

    • Ao fundo:
      Trovoada,
      M Bola Sete,
      Diablo às Quedas,
      M Gajé,
      M De Mola,
      M Noronha,
      M Antônio Maré,
      Nazaré das Farinhas,
      Indio do Mercado Modelo,
      um policial
      Jogando: M João Pequeno e M João Grande
      1968

    • Ao fundo:
      ?,
      M DiMola,
      M Noronha,
      M Antônio Maré,
      Nazaré,
      ?
      Agachados: M João Pequeno e M João Grande
      1968

    • Leia abaixo!

    • A capa do CD

    • página 1

    • página 5

    • página 6

    • Em pé atrás da mesa:
      M Totonho de Maré,
      M Vermelho 27,
      M Senna,
      M Saci,
      M Itapoan
      Em primeiro plano M Eziquiel
      1973
      Academia de M Bimba
      Acervo: M Itapoan

    M Maré


    O texto

    • página

      -

      Diário de Pernambuco, 10 de março de 1974

      TOTONHO DE MARÉ

      No tempo em que o bonde ainda era o principal meio de transporte ele dava mostras de ser um grande capoeira. Mestre Totonho de Maré joga capoeira desde 1911. Mas nunca fundou academia. Nem teve, por exemplo, seu "show". Mas lá ensinou a muita gente, nas festas de rua dos diversos bairros de Salvador. Durante muito tempo imperou lá na Ilha de Maré. Por isto ganhou aquele apelido. Mas seu nome é Antônio Laurinho Neves.

      Para sobreviver ele já foi tudo: carroceiro, trapicheiro, estivador. Sem abandonar, é claro, a capoeira, inclusive vindo às vezes a Salvador, Largo do Retiro, Rio Vermelho, Bonfim.

      Só se jogava Capoeira de Angola. Então veio Mestre Bimba. Misturou tudo. Criou uma escola. Não há dúvida.

      Mestre Totonho de Maré pára. Alisa a cabeça branquinha como algodão. E acrescenta:

      - Foi um grande mestre que muito lutou pela valorização da capoeira.

      - A capoeira evoluiu ou não?

      - A Capoeira de Angola era bonita, mas hoje está falsificada. Era só por amor à arte. Naquele tempo não se cobrava para jogar capoeira. Mas no meu tempo não favia turista...


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